O ínsulo

domingo, julho 30, 2006

Provedores!

Provedores de todo o mundo uni-vos! O Ínsulo vai hoje aqui falar, ou seja blogar, de provedores! E, para começar, as definições. Socorre-se do Dicionário Complementar, de Augusto Moreno (1936), para lembrar aquela ideia tradicional de provedor.
"Provedor (de prover), m. O que provê; em especial, o chefe de certos estabelecimentos pios."
"Prover (L. providere), t. Tomar providências acerca de; fornecer; dotar; regular; despachar; nomear; i. dar providências; ocorrer; acudir. r. munir-se."
Com estes sentidos, vá lá, o Ínsulo ainda entendia o(s) provedor(res). O pior foi a banalização que ultimamente se tem feito desta figura! Enquanto se estava só no Provedor da Justiça que, em certa medida, decorre democraticamente de um Parlamento eleito, a coisa ia indo. Aos das Misericórdias, já estávamos habituados... Mas quando eles começaram a brotar como cogumelos, porque qualquer bicho careta institucional queria também ter, pois então, o seu provedor, especialmente nos órgãos da comunicação social, aí, o Ínsulo torceu o nariz! E prometeu a si próprio não ligar aos provedores. Vejam bem, que confiança pode ter o Ínsulo nos provedores de jornais e televisões e rádios, ("provedor dos leitores"; "provedor dos telespectadores", "provedor dos ouvintes"...), se eles são nomeados pelos seus "donos"?!... Agora, até a Antena 1 vai ter o seu provedor dos ouvintes!... Pelo menos foi o que há dias ouvi lá dizer. Até o INATEL também já tem o seu provedor! Daqui vos promete, provedores de todo o mundo: o Ínsulo não lê provedores ! O Ínsulo não televê provedores ! O Ínsulo não vai ouvir provedores. Por uma razão muito simples: quanto mais provedores, mais manipulação, mais desinformação. Mais provação. E mais poeira para os olhos do Zé Povinho!

sexta-feira, julho 28, 2006

O Ínsulo no seu País

O Ínsulo não é pessimista. O Ínsulo está pessimista. Muito pessimista! E ainda mais, depois de ouvir, na Antena 1, no programa "Antena Aberta", sobre Maria João Pires que vai para o Brasil.
O Ínsulo está muito triste, neste seu País cada vez mais triste, que, segundo Victorino d'Almeida, "não presta"! Não é o país que não presta, segundo outros, são os governantes arrogantes que não prestam!
Há dias o Ínsulo ouviu o P.R. , no comboio a caminho do Algarve, contrariar a ideia (obsessiva? - pergunta o Ínsulo) do TGV em Portugal. O Ínsulo nunca votou no Cavaco, nem para Governo nem para P.R. Mas, por uma vez, gostou muito de ouvir o Cavaco!... Ao ouvi-lo, porém, lembrou-se de que este desgraçado País, cuja rede ferroviária começou a ser desmantelada nos governos Cavaco, apenas tem um troço de linha férrea decente e suficiente (muito bem!) que liga Lisboa ao Porto. Se alguém quer ir para o interior do país, de comboio, não pode: só se vêem estações da C.P abandonadas!... Para o Algarve, dizia o P. R., de comboio, que ia muito bem e mais não era preciso (mais, entenda-se: TGV). E para o Minho? E para a Galiza? Isso então é mesmo uma incrível desgraça! A começar pela linha que é uma miséria. Os comboios, do Porto a Vigo, são uma tristeza! À ponte de Viana, têm de passar devagarinho, o maquinista com o Credo na boca. Para os passageiros, a alternativa é irem à volta pela ponte nova rodoviária, de autocarro! Pobre Minho! Pobre Galiza! Ou melhor, pobres passageiros com esses destinos!
É nesta miséria que o Governo Sócrates quer instalar o TGV! E viva a pândega!
O Ínsulo está muito pessimista! O Ínsulo está muito triste!... Apetecia-lhe também fugir daqui. Mas não pode!

quinta-feira, julho 27, 2006

Para quê?

O Ínsulo não vem aqui dialogar nem debater, ou ínsulo ele não fosse..., além de que um blogue (deixem-no aportuguesar...) não se presta a dialogação nem a debatimento. O Ínsulo vem aqui blogar, ou seja, desabafar. O blogue passará, pois, a assumir a função de seus botões. Perante o Mundo louco e, distante ou mais próximo, da barbárie das guerras tresloucadas e nazimente impostas até aos impostos que (vejam bem) nos impõem "por conta"!

quarta-feira, julho 26, 2006

Quem é o Ínsulo?

O Ínsulo não é um erudito.
O Ínsulo é um camponês que aprendeu uns laivos de erudição.
Nasceu debaixo de um carvalho, ali ao pé do pinhal do camponês, não longe da Fonte do Camponês. O Ínsulo é um camponês. Quase iliterato, mas lúcido. Notem bem: lúcido!