O ínsulo

domingo, maio 15, 2011

Adenda ao Manifesto

3. As duas tróicas da nossa desgraça

Tróica - (Do russo pelo francês): s. f. Grande trenó puxado por três cavalos. Com este sentido, tem correspondente no latim – triga: carro puxado por três cavalos (quadriga, por quatro…). A palavra evoluiu semanticamente, para significar, universalmente, conjunto de três pessoas, organismos, países, etc. que se juntam para governar ou decidir qualquer coisa (Cf. dicionários).

Na conjuntura, desgraçada, em que o nosso País se encontra, tornaram-se, já, famosas as tais duas tróicas que, ambas, nos estão “tratando da saúde”: A tróica que “dictat” – FMI / BCE / EU – e a tróica fantoche (que se submete de mão beijada ao “dictado”) – PS / PSD / CDS. A esta última, toda a comunicação social atribui a denominação, tipo calão generalizado, ”arco do governo”. Mas o que devia era ter acrescentado aqueloutra tróica de adjectivos: “arco do governo, sim, atento, venerador e obrigado! Repete-se o que já foi dito: os três partidos têm sido, desde o famigerado 25 de Novembro, os partidos responsáveis por esta caminhada de Portugal para este abismo em que nos encontramos.

São, pois, as duas tróicas – a que impõe e a que nos quer transmitir a imposição, a que manda e a que – atenta, veneradora e obrigada! – faz questão de querer gerir a desgraça que assinou, pedindo ao povo o voto .

E vocês, Portugueses meus irmãos, querem continuar a ser governados por esse tal “arco do governo”, ou, se o arco se partir, por um ou dois pedaços dele?!

Em tempo, uma explicação da primeira adenda. É claro que o elogio não é propriamente ao Portas. É à inteligência do Portas: E, já se sabe, quanto mais inteligente é o demagogo, mais a sua demagogia, iludindo os eleitores, quiçá mentindo, estragará a nossa vida, se lhe derem o voto para governar, como já nos desgovernou! Por exemplo, comprando, por não sei quantos milhões, 2 brinquedos para brincar debaixo das ondas!...

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quinta-feira, maio 12, 2011

Adenda ao Manifesto

2. A Crónica do Bastos

Se há crónica para mim imperdível – deixem passar o bárbaro neologismo, com o que, pelos vistos, até até está de acordo o computador, que costuma ser muito ignorante em questões de gramática… – mas dizia eu, se há crónica que eu não perco, nunca, é à quarta-feira no DN a crónica de Baptista-Bastos. É a ‘minha’ crónica semanal (que pena não ser diária!). Sempre na página contrária ao Editorial, à direita em cima. O cronista mais lúcido do DN (com o meu respeito a todos os outros). O mais clarividente. O mais frontal. O mais isento. O mais analítico. O mais lógico.

A de hoje – 11/5/2911 - (se a postagem não sair hoje, a de ontem): “Estado mínimo, democracia declinante”. Com a devida vénia (a ele) e a licença (vossa): “Creio que já ninguém duvida das características ideológicas contidas no projecto de Pedro Passos Coelho. Não tem nada a ver com o ideário social-democrata: baseiam-se no breviário mais extremo do ultraneoliberalismo” […] “O que o programa do PSD propõe é que o governo não é a solução mas sim o problema.” […] “Admitindo que José Sócrates é, como se diz por aí, “um incompetente criminoso”, Pedro Passos Coelho seria o “idiota útil” à execução de uma política de expansão do capitalismo predador e de limitação perversa do Estado” […] “As perspectivas que se abrem aos nossos horizontes visíveis são assustadoras”.