PORQUÊ?!...

O Ínsulo está um pouco baralhado com estes acessos. Só acedeu finalmente, depois de tertentado mais de meia dúzia de vezes. De duas uma: ou O Ínsulo não se entende com a coisa, ou a coisa não se entende com o Ínsulo!... Vou ali e já venho... Mas enquanto o Ínsulo vai e vem, não folgam as costas...
E, já agora, por falar em acesso, o Ínsulo acha muita piada a certa linguagem que, ao princípio, pensava que era brasileiro, quer dizer português do Brasil. Vejam bem: "acessar" em vez de aceder!... Pois é claro, Sr. Google, o verbo da família de 'acesso' só pode ser 'aceder'. Isto não passa de uma vingançazinha, pela deturpação que fazem à minha (nossa) Língua. Com que então, acessar?! Já viram outra?...

Vênhamos e póssamos !!!...

O Ínsulo vem hoje aqui só para dar conta dos dois pontapés na gramática que acabou de ouvir da boca, sabem vocês de quem? Adivinhem! Não adivinham? Então, o Ínsulo diz. Da boca de um ministro que interveio no Telejornal ! Vejam bem: vênhamos e póssamos; assim, esdrúxulas! Um ministro! Oh my God! E o Ínsulo ousa perguntar: porque é que ele não fala para a gente em inglês?...

HOJE PIOR QUE EM 2005

"Portugueses vivem hoje pior que em 2005, acusa o PSD"
(DN de21/02/07, p. 6)

E o Ínsulo pergunta se era preciso o PSD vir acusar (!?)
Então a gente não sente, na pele, na carteira, em tudo?
Então não se vê à nossa volta, por todo o lado, na generalidade dos concidadãos, exceptuados apenas aqueles (poucos...) que são capazes de "oferecer" (fazer? dar?...) OPAS?!...

C A R N A V A L

Convém lembrar

Etimologia: “... crê-se que deriva do latim Carnem levare ou Carnelevarium, significando abstinência de carne. Esta suposição coincide com o facto de o C. ser a última festa antes do início da Quaresma, na quarta-feira de Cinzas. Durante este período, os católicos abstinham-se de utilizar a carne como alimento” (Encicl. Verbo). “Época de divertimentos e folias que começa no Dia de Reis e vai até à Quaresma. Diz-se especialmente dos três dias chamados gordos (domingo, segunda e terça-feira) que antecedem o dia de Cinzas” Gr. Enc. Port. e Bras.)
“O Carnaval provém directamente das Saturnais romanas, mas, de um modo mais geral, encontram-se vestígios destas festas, que tiveram primitivamente carácter religioso, em todos os povos desde a mais remota antiguidade. Celebrava-se com elas a entrada do ano, para que este fosse favorável, ou a da Primavera, que simbolizava o renascer da natureza. O Carnaval, entre os Gregos, estava consagrado a Dioniso; em Roma, à divindade egípcia Ísis; entre os Teutões, à deusa Nertha ou Herta, a “Terra-Mãe”. (G. E. Port. e Bras.).

Festa pagã, pois... Nem o Cristianismo (com todas as suas igrejas) conseguiu despaganizá-la. Ou melhor, restituir-lhe o carácter religioso que teve na Antiguidade. Nem a Igreja Católica, responsável pelo nome Carnaval (tendo em conta a etimologia acima referida), foi (é) capaz de fazer com que os seus fiéis mantivessem o sentido etimológico (= adeus à carne; abstinência de carne), que hoje nem os mais praticantes já respeitam. Tempo houve, recente ainda, em que se comprava a abstinência da carne pagando a bula, como, em tempos idos, se compravam as indulgências...
Curioso é que o “adeus à carne” (a abstinência da carne), hoje, não é mais ‘adeus’, ‘adeusinho’, ‘ciau’ de quem se despede, mas sim o ‘adeus’, ‘olá’, ‘tás boaznha?’ de quem saúda ao ver chegar alguém: É só carne por todos os lados....
Politicamente... até nem vem a despropósito: não é mau que o povo se divirta, quanto mais não seja, para esquecer por uns dias o acabrunhamento em que se encontra uma grande parte dele.

"PORTUGAL MODERNO"

“PORTUGAL MODERNO”

(um pouco retardado, por questões de acesso, mas, infelizmente, continuando sempre actual)

Na primeira página do DN de 02/Fev/2007,

Primeiro-ministro diz que País quer estar na primeira linha
Manuel Pinho criticado no PS e por sindicatos e patrões
Economistas recusam vantagem dos salários

A ilustrar, a foto: Sócrates e seu Séquito, bem calçados e vestidos de ricos fatos ADIDAS, correm pelas praças da China, dizendo que quer “dar a imagem do Portugal Moderno”.
Pouco antes dele, no governo, outro primeiro-ministro fogiu da bagunça que ajudou a criar para ser promovido a presidente da Comissão Europeia.
Antes deste, outro primeiro-ministro escapou-se do pântano que tinha criado e é, pouco depois, promovido a alto comissário da ONU para os refugiados.

Esta é a imagem do Portugal Moderno. Imagem de fachada, claro, para papalvos verem, e outros que não são nada papalvos e fazem de conta que vêem nesta fachada (ou fantochada?) o Portugal Moderno.
Porém, por trás “deste Portugal Moderno”, ninguém corre nas praças, da China ou da Europa ou do Mundo, para mostrar a desgraça do milhão (ou quantos milhões?...) de portugueses no limiar da pobreza, ou para além do limiar: despedidos, desempregados, pensionistas de 200 euros (=40 contos) e os que nem isso...
Com a devida vénia de Vasco Pulido Valente (in Público, cit. por DN de 11/2/07, p. 9:
“O mal dos portugueses não está no atraso, na pobreza, na iliteracia ou em qualquer falha remediável e normal. O mal dos portugueses está em que manifestamente não regulam bem da cabeça. E contra isso não há nada a fazer”.
Agora, fora de aspas:
Assim parece, pois há quase 30 anos que, obstinadamente, vem escolhendo os mesmo – ora uns ora outros, ora outros ora uns – para os governarem. E nesses quase trinta anos de governo, o País, quer dizer, a maior parte dos portugueses, de cambalhota em cambalhota, está com os pneus no raso da estrada, na cauda da Europa!...
Ai, Portugal, Portugal!...

RESULTADO DO REFERENDO

O Ínsulo quis postar este texto na noite da contagem, mas houve aqui uma alteração no acesso que só agora foi possível superar. Aí vai, pois, o seu comentário.
O resultado final do referendo trouxe ao Ínsulo alguma satisfação. É um grande passo, neste rectângulo geográfico “onde a terra acaba e o mar começa”! E talvez Pulido Valente não tenha tanta razão assim (cf. DN de 11/2/07, p. 9 “LIDO”)... Entretanto, atenção! Se algum partido tem conclusões positivas a tirar, é, sem dúvida, o da Odete. Por duas ordens de razões: 1, vejam os resultados dos distritos em que ele predomina; 2, o resultado geral só confirma que o problema já podia ter sido resolvido na Assembleia sem se ter perdido este tempo e este dinheiro todo... Mas há outra instituição que, pela negativa, não pode deixar de considerar tudo isto um aviso à navegação: a Igreja Católica: “os curas e os beatos” do blogue Tatarana, citado aqui na última postagem, escusam de andar com teatros macabros a assustar os fiéis que, se calhar, já não são assim tão fiéis, preferindo a fidelidade à sua consciência cívica !...
Mas todo o cuidado é pouco: dos 8 milhões de eleitores, apenas votaram 44%, o que significará para aí uns 3,5 milhões. Mas os do Não não se podem arrogar o direito de considerar da sua banda os 4,5 milhões de ‘abstémicos’. Quando muito, teriam de distribuir ‘pro rata sua parte’, portanto na mesma proporção. Foi, pois, um grande passo em frente. E o Ínsulo acha que muitos católicos, incluindo mestres como o seu lido e empático Professor Anselmo Borges, estão pela laicização da sociedade, o que, neste caso eleitoral, foi tão expressivamente expresso (passe o pleonasmo).
No entanto, tudo isto não chega para neutralizar o que na próxima postagem se dirá sobre a ‘mostragem’ do Portugal Moderno. Queridos ‘visitantes’, não percam.

O REFERENDO

O REFERENDO

O Ínsulo está confiante na vitória do SIM. Tem indícios: vária gente que vai votar ou, pelo menos milita em movimentos do SIM. Até aqui em Pombal. Por exemplo, a deputada Ofélia do PSD que milita pelo SIM. Outro exemplo: também aqui em Pombal (quem diria?) as 'Juventudes' partidárias uniram-se pelo SIM (E quem nos poderá salvar do atraso, se não for a Juventude?!...).
Das voltas que o Professor Marcelo deu, é que o Ínsulo não gostou nem nada ! Do que ele gostou mesmo foi dos comentários, a respeito, do Gato Fedorento ! Que bem achado ! Não deixem de ver na Internet!
E a propósito:
Político é bom jogador:
Joga tão completamente
que quer que julguem que é dor
a dor que nem sequer sente.
O Ínsulo deseja bem que o sim ganhe e que a votação do Povo ganhe. É preciso sair deste atraso de vida que é Portugal no meio do Mundo! Querem ver? “Decerto ninguém irá ficar preocupado se no domingo seguinte o resultado do referendo irá fazer com que se dê um salto em frente na concepção da vida ou se voltaremos a discutir o que só ainda se debate em Malta, na Polónia e na Irlanda.” ( Céu e Silva in DN 4/2/07, p. 28, ).
Ou então vejam o blogue Tatarana, Manuel Jorge Marmelo:
“Sendo a esmagadora maioria dos portugueses educada segundo os valores éticos e morais da igreja católica (a vida & etc...), porque será que os católicos temem que a legalização do aborto leve à generalização da sua prática em Portugal? Não confiam no bom senso das portuguesas ou, simplesmente, reconhecem que a catequese não serve para nada?
A Holanda, que não é maioritariamente católica e onde o aborto é legal até às 24 semanas, regista, por exemplo, uma das menores taxas de aborto da União Europeia. Pelos vistos não precisam de curas e beatos que lhes estejam sempre a lembrar quanto vale uma vida.”